quinta-feira, 9 de março de 2017

Diplomata e escritor mossoroense é eleito imortal da Academia Brasileira de Letras



09/03/2017 - O diplomata e escritor João Almino foi eleito o novo imortal pela Academia Brasileira de Letras (ABL). Por unanimidade, o vencedor vai ocupar a Cadeira 22, antes pertencente ao médico Ivo Pitanguy, que morreu em agosto de 2016. A votação contou com 23 acadêmicos presentes e 10 por cartas de 37 possíveis votantes. Quem não o escolheu, optou por abster-se.
Natural de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Almino foi diretor do Instituto Rio Branco, se formou em direito pela UERJ e mestre em sociologia pela UNB.
O acadêmico elegeu a cidade de Brasília como principal cenário de seus romances mais populares, entre eles Ideias para Onde Passar o Fim do Mundo, As Cinco Estações do Amor e, o mais recente, Enigmas da Primavera.
Também assinou livros de ensaios filosóficos e polítcos, como Era uma Vez uma Constituinte e Naturezas Mortas.
FONTE – JORNAL DE FATO
OBS BLOG.: É o quarto Potiguar imortal da ABL, O PRIMEIRO FOI Rodolfo Augusto de Amorim Garcia (Ceará  Mirim, 26/05/1873 – Rio de Janeiro, 14/11/1949; o segundo foi JOÃO PEREGRINO DA ROCHA JÚNIOR, Natal, 12/03/1898 –Rio de Janeiro, 23//10/1983; 3º - MURILO MELO FILHO, natalense, nascido em 13  de outubro de 1928

sexta-feira, 16 de julho de 2010

MURILO DE MELO FILHO


Sexto ocupante da Cadeira nº 20, eleito em 25 de março de 1999, na sucessão de Aurélio de Lyra Tavares e recebido em 7 de junho de 1999 pelo Acadêmico Arnaldo Niskier.

Murilo Melo Filho nasceu em Natal no dia 13 de outubro de 1928. Filho de Murilo Melo e de Hermínia de Freitas Melo, é o mais velho de uma irmandade de sete. Fez o curso primário no Colégio Marista e o colegial no Ateneu Norte-Riograndense. Aos 12 anos, ainda de calças curtas, começou a trabalhar no Diário de Natal, com Djalma Maranhão, escrevendo um comentário esportivo e ganhando o salário de 50 mil réis por mês. Trabalhou, a seguir, em A Ordem, com Otto Guerra, Ulysses de Góes e José Nazareno de Aguiar, e em A República, com Valdemar de Araújo, Rivaldo Pinheiro, Aderbal de França, Luís Maranhão e Luís da Câmara Cascudo; na Rádio Educadora de Natal, com Carlos Lamas, Carlos Farache e Genar Wanderley; e na Rádio Poti, com Edilson Varela e Meira Filho.

Aos 18 anos, veio para o Rio, onde estudou no Colégio Melo e Souza e foi aprovado em concursos públicos para datilógrafo do IBGE e do Ministério da Marinha, ingressando a seguir no Correio da Noite, como repórter de polícia.

Trabalhou seguidamente na Tribuna da Imprensa, com Carlos Lacerda; no Jornal do Commercio, com Elmano Cardim, San Thiago Dantas e Assis Chateaubriand; no Estado de S. Paulo, com Júlio de Mesquita Filho e Prudente de Moraes Neto; e na Manchete, com Adolpho Bloch.

Estudou na PUC e na Universidade do Rio de Janeiro, pela qual se formou em Direito. Chegou a advogar durante sete anos. Costuma dizer que quem se forma em Direito pode até advogar.

Como repórter free-lancer, entrou para a Manchete, criando a seção "Posto de Escuta", que escreveu durante 40 anos. Nessa mesma época, dirigiu e apresentou na TV-Rio, com Bony, Walter Clark e Péricles do Amaral, o programa político Congresso em Revista, que ficou no ar ininterruptamente durante sete anos, sendo a princípio produzido e apresentado no Rio e, depois, em Brasília.

Viveu na Nova Capital durante o atribulado qüinqüênio de 1960 a 1965, que testemunhou em centenas de reportagens. Construiu ali a sede de Bloch Editores e da Manchete e foi, a convite de Darcy Ribeiro e de Pompeu de Souza, professor de Técnica de Jornalismo na Universidade de Brasília.

Sempre em missões jornalísticas, acompanhou os ex-presidentes Juscelino Kubitschek a Portugal; Jânio Quadros a Cuba; João Goulart aos Estados Unidos, ao México e Chile; Ernesto Geisel à Inglaterra e à França; e José Sarney a Portugal e aos Estados Unidos.

Cobriu a Guerra do Vietnã, com o fotógrafo Gervásio Baptista, em 1967, e foi o primeiro jornalista brasileiro a cobrir a Guerra do Camboja, com o fotógrafo Antônio Rudge, em 1973, tendo chegado a Saigon e Phnom-Penh, via Tóquio.

Em audiências, contatos, entrevistas, recepções e visitas, esteve com alguns dos líderes que escreveram a história do mundo na segunda metade do século XX, entre outros: os presidentes Eisenhower, Kennedy, Nixon e Reagan, na Casa Branca, em Washington; os presidentes Charles de Gaulle e Giscard d’Estaing, no Palais d’Elysée, em Paris; Salazar, Spínola, Caetano e Mário Soares, em Lisboa; Thatcher, em Londres; Adenauer, em Bonn; Nasser e Anuar-el-Sadat, no Cairo; Ben Gurion, Golda Meir, Moshé Dayan, Itzak Rabin, Simon Peres e Albert Sabin em Jerusalém; Indira Ghandi, em Nova Delhi; Raul e Fidel Castro, Raul Roa e ‘Che’ Guevara, em Havana; Perón, Evita, Frondizi e Menem, em Buenos Aires; Eduardo Frei, o pai, em Santiago do Chile; o General Van Thiê, no Vietnã do Sul, e Ho-Chi-Min, no Vietnã do Norte; Elizabeth II, Craveiro Lopes, Selassié e Sukarno, em Brasília.

Conheceu os picos gelados de Zermat na Suíça e as geleiras de Anchorage e do Pólo Ártico; os desertos (americano) de Nevada e (africano) do Saara; o calor da Galiléia, do Mar Morto e das tórridas plantações de café na Costa do Marfim; a neve de Kiev e dos Montes do Ural na antiga União Soviética; as nevascas de Helsinque e de Oslo; os templos budistas de Angfor e de Phnom-Penh no Camboja; de Bangok na Tailândia e de Kyoto no Japão; as ruas sujas do Harlem em Nova York e do Cairo no Egito; os lugares santos de Roma e de Jerusalém.

Foi 32 vezes à Europa, 27 aos Estados Unidos, quatro à América do Norte, duas à Ásia e duas à África. Lamenta apenas que só a primeira dessas viagens, a Roma, no Ano Santo de 1950, tenha sido possível fazer de navio.

Casado com D. Norma, têm três filhos: Nelson, Fátima e Sérgio. É oficial da reserva do CPOR e recebeu as Medalhas de Tamandaré e de Santos Dumont (Grande Oficial); das Ordens dos Méritos Militar, Naval, Aeronáutico (Oficial); Judiciário (Grã-Cruz); Cívico e Cultural (Comendador); Jornalístico; de Miguel de Cervantes, de Câmara Cascudo e da Ordem do Rio Branco (Cavaleiro), concedida pelo Itamaraty.

Foi eleito unanimemente para membro titular da Academia Norte-Riograndense de Letras, onde ocupa a Cadeira nº 19, na sucessão do Acadêmico Nilo Pereira; do PEN Clube do Brasil e da Academia Brasileira de Letras, na Cadeira nº 20, sucedendo a Aurélio de Lyra Tavares. É membro do Conselho Administrativo da Associação Brasileira de Imprensa – ABI e membro da União Brasileira de Escritores - UBE.

Representou a ABL na entrega do Prêmio João Ribeiro à Academia Mato-grossense de Letras, Cuiabá; no 40o aniversário de criação da Sudene, Recife; na posse do Acadêmico Ariano Suassuna na Academia Paraibana de Letras, João Pessoa; na homenagem prestada pela Academia Norte-Riograndense de Letras, Natal; no Centenário da Academia Pernambucana de Letras, Recife; no 13o Forum Nacional do BNDES, Rio de Janeiro; e na homenagem prestada ao Acadêmico Celso Furtado em comemoração aos 40 anos da Sudene.

Em companhia de Arnaldo Niskier, R. Magalhães Jr. e Joel Silveira, escreveu Cinco dias de junho, sobre a Guerra de Israel.

Com Adonias Filho, Amando Fontes, Cassiano Ricardo, Gustavo Corção, Hélio Silva, Josué Montello, Octavio de Faria, Rachel de Queiroz e Walmir Ayala, é um dos autores do livro O assunto é padre.

Com Carlos Lacerda, Darwin Brandão, David Nasser, Edmar Morel, Francisco de Assis Barbosa, João Martins, Joel Silveira, Justino Martins, Otto Lara Resende e Samuel Wainer, escreveu o livro Reportagens que abalaram o Brasil.

Com textos de Gilberto Freyre, Josué Montello, José Lins do Rego, José Américo de Almeida, Antônio Houaiss, Raimundo Magalhães Jr., Eduardo Portella, Ronaldo Cunha Lima e Humberto Nóbrega, é um dos autores do livro Augusto dos Anjos – A saga de um poeta.

Lançou O desafio brasileiro, com prefácio do ex-Ministro Reis Velloso, que vendeu 80 mil exemplares em 16 edições sucessivas, ganhando com ele o Prêmio Alfred Jurzykowski, da Academia Brasileira de Letras, como o Melhor Ensaio do Ano.

Este livro permaneceu durante várias semanas nas listas dos best sellers de livrarias brasileiras e foi adotado na cadeira de Estudos e Problemas Brasileiros de várias universidades, às quais o autor compareceu para debates com estudantes e professores.

A versão espanhola foi lançada em Madri, pelo Editorial Pomaire, com o título de El desafio brasileño, tendo vendido 10 mil exemplares.

Escreveu em seguida O modelo brasileiro, lançado pela Editora Bloch, com prefácio do professor e ex-Ministro Mário Henrique Simonsen, que vendeu 15 mil exemplares em três edições e lhe granjeou o Prêmio Juca Pato, da Associação Paulista de Escritores.

Publicou, ainda, O progresso brasileiro, pela Biblioteca do Exército; Memória viva, por Bloch Editores; O nosso Rio Grande do Norte, pela Editora Consultor, e Rio Grande do Norte - Imagem e palavra, todos eles com cinco mil exemplares, cada.

Na companhia dos jornalistas Barbosa Lima Sobrinho, Villas-Boas Corrêa, Pedro do Couto, Marcio Alves, Rogério Coelho Neto e Paulo Branco, escreveu o livro Crônica política do Rio de Janeiro, editado pela Fundação Getúlio Vargas.

Mais recentemente, em 1997, lançou o livro Testemunho político, pela Editora Bloch, com prefácio do ex-Presidente, Senador e Acadêmico José Sarney além de apresentações dos Acadêmicos Arnaldo Niskier, Carlos Heitor Cony e Barbosa Lima Sobrinho, com 10 mil exemplares e que já está na 2a edição, com mais 10 mil exemplares, pela Editora Elevação. Na Coleção Afrânio Peixoto, da ABL, lançou o livro Múcio Leão – Centenário.

FONTE: SITE DA ABL-ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

quinta-feira, 15 de julho de 2010

JOSÉ PEREGRINHO DA ROCHA FAGUNDES JÚNIOR

JOSÉ PEREGRINHO DA ROCHA FAGUNDES , natural de Natal, nascido a 12 de março de 1898 e faleceu no dia 12 de dezembro de 1983. Era filho do professor potiguar João Peregrino da Rocha Fagundes, e de D. Cornélia Seabra de Melo. Quando estudante secundário, na cidade natal, freqüenta o Ateneu Rio-Grandense e a Escola Normal, ao tempo em que exerce o jornalismo. No jornal que fundou, chamado de “A Onda”, publica um artigo com críticas ao diretor da Escola Normal e que também lecionava no Ateneu – o que lhe rendeu a expulsão de ambos os colégios e a mudança, a fim de poder prosseguir nos estudos – posto que vedado estava-lhe o acesso às escolas de Natal – para Belém.

Ainda em Natal tinha fundado outros dois jornais: “A Gazeta de Notícias” e “O Espectador”. Chegando a Belém, em 1914, conclui a formação básica no Ginásio Paes de Carvalho. Continua no afã jornalístico, colaborando em vários periódicos da nova morada, e busca enriquecer sua formação literária e filosófica.

Mudou-se, em 1920, para o Rio de Janeiro, ali iniciando-se no meio jornalístico da capital do país. Trava relações culturais e escreve no “Gazeta de Notícias”, além de estrear na literatura. Trabalha na Central do Brasil, e prossegue o curso de Medicina, que conclui em 1929.

Foi casado, desde 1926, com Wanda Acioly, cunhada do escritor Ronald de Carvalho.

Carreira médica e docente

Após sua formatura, Peregrino Júnior torna-se interno na 20ª Enfermaria da Santa Casa de Misericórdia, serviço do Prof. Antônio Austregésilo. Inicia a carreira como médico adjunto da Santa Casa, sendo depois chefe de enfermaria no Hospital Estácio de Sá. Fundou e dirigiu o serviço de endocrinologia na Policlínica do Rio de Janeiro, entidade que veio depois a presidir. Também foi o fundador e primeiro Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, Biotipologia e Nutrição.

Ingressa como docente na então denominada Faculdade Nacional de Medicina, lente de Clínica Médica e Biometria. Nessa instituição veio a tornar-se catedrático. Foi emérito da Universidade do Brasil e professor na Faculdade Fluminense de Medicina, tendo ainda lecionado na Escola Nacional de Educação Física e Desportos – ENEFD, atualmente a Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ, da qual foi ainda o Diretor. Integrou o Conselho Nacional de Desporto. Era membro, também, da Academia Nacional de Medicina.

Grande parte de sua produção é voltada para a medicina.

Literatura médica

Extensa produção acadêmica foi a de Peregrino Júnior. Seus principais livros, nesta área, foram:

  • Ciática (patologia e clínica). (1935);
  • Vitaminologia (1936);
  • Biotipologia e Educação (1936);
  • Insuficiência Supra-renal no Impaludismo (1937);
  • Estudo Experimental das Polinevrites Tóxicas (1937);
  • Desenvolvimento Normal do Brasileiro (1943);
  • Alimentação - Problema Nacional (1942);
  • Biometria Aplicada à Educação (1942);
  • Biotipologia Pedagógica (1942);
  • Tireóide - Patologia e Clínica. (Prêmio Academia Nacional de Medicina) (1943);
  • Crescimento e Desenvolvimento (1949);
  • Alimentação e Cultura (1951);
  • Stress e Síndrome Geral da Adaptação (1955);

[editar] Instituições estrangeiras

Foi membro da Sociedade Argentina para o Progresso da Medicina Interna, da Academia das Ciências de Lisboa e da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia.

Literatura e jornalismo

A vida literária carioca esteve presente desde os primeiros momentos de sua mudança para a cidade: foi colega de trabalho, na Central do Brasil, de Pereira da Silva, que foi seu antecessor na ABL.

Sua produção literária, entretanto, não foi contínua: de 1938 a 1960 deixou-a em segundo plano. O mesmo não se verificou com a colaboração a jornais, bem como sua participação em eventos e instituições culturais, nacionais e estrangeiras – tendo sido integrante do Conselho Federal de Cultura e Presidente da União Brasileira de Escritores.

Emérito contador de casos, suas crônicas foram publicadas em vários jornais e revistas. Seu tema principal era a Amazônia. Também aventura pela crítica literária, organizando também antologias, como a do contraparente Ronald de Carvalho.

FONTE: WIKIPÉDIA

RODOLFO AUGUSTO DE AMORIM GARCIA

Rodolfo Garcia

Rodolfo Augusto de Amorim Garcia nasceu em Ceará Mirim, Rio Grande do Norte, a 25 de maio de 1873. Filho de Augusto Carlos de Amorim Garcia e de Maria Augusta de Amorim Garcia. Por desentendimentos políticos deixou sua terra muito cedo indo morar em Pernambuco. Pretendendo seguir a carreira das armas cursou o Colégio Militar do Ceará e a Escola Militar no Rio de Janeiro, de onde acabaria sendo desligado. Retornando ao Nordeste, matriculou-se na Faculdade de Direito do Recife de onde saiu, bacharel e doutor em 1908. Ainda estudante colaborou no jornal Estado de Pernambuco; e na revista Cultura Acadêmica. Em Pernambuco lecionou História, Geografia, Francês e Português nos Colégios Wolf e Santa Margarida. Na década de 1910 radica-se no Rio de Janeiro. Na época passou a colaborar em vários jornais, revistas e boletins publicados por instituições culturais. Dividiu com Capistrano de Abreu a árdua tarefa de anotar a 3ª edição da História Geral do Brasil. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2 de agosto de 1934. Assumia na época a direção do Museu Histórico Nacional. Pertencia Rodolfo Garcia ao quadro social do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro desde agosto de 1921. Apesar de nunca ter escrito nada sobre o Rio Grande do Norte, foi autor de várias obras que são referências para estudantes e pesquisadores do Brasil e do mundo, dentre elas “Ensaio sobre a História Política e Administrativa do Brasil (1500-1810), editado em 1956. Lamenta-se que tenha perdido o contato com suas origens. Segundo o acadêmico Murilo Melo Filho, Rodolfo Garcia era um homem frio e fechado, ríspido e quase rude, de trato difícil, parecia estar sempre com raiva. Faleceu no Rio de Janeiro a 14 de novembro de 1949. Atualmente, um dos seus netos, Luiz Garcia é jornalista e trabalha no jornal O Globo (RJ). A Biblioteca da Academia Brasileira de Letras, considerada uma das melhores e mais modernas do país tem hoje o nome de Rodolfo Garcia.

FONTE: DN EDUCAÇÃO - Dez/2006- pgs 18 e 19

Publicado no blog chamine em 11/03/07

FUNDAÇÃO DA ABL-ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

No fim do século XIX, Afonso Celso Júnior, ainda no Império, e Medeiros e Albuquerque, já na República, manifestaram votos por uma academia nacional, como a Academia Francesa. O êxito social e literário da Revista Brasileira, de José Veríssimo, daria coesão a um grupo de escritores e, assim, possibilidade à idéia.

Lúcio de Mendonça teve, então, a iniciativa de uma Academia de Letras, sob a égide do Estado, que se escusaria, à última hora, a tal aventura de letrados. Foi fundada então, independentemente, a Academia Brasileira de Letras.

As primeiras notícias saíram a 10 de novembro de 1896, na Gazeta de Notícias, e, no dia imediato, no Jornal do Commercio. As sessões preparatórias iam começar: na primeira, a 15 de dezembro, às três da tarde, na sala de redação da Revista Brasileira, na travessa o Ouvidor, nº 31, foi logo aclamado presidente Machado de Assis.

A 28 de janeiro do ano seguinte, seria a sétima e última sessão preparatória. Compareceram a ela, instalando a Academia: Araripe Júnior, Artur Azevedo, Graça Aranha, Guimarães Passos, Inglês de Sousa, Joaquim Nabuco, José Veríssimo, Lúcio de Mendonça, Machado de Assis, Medeiros e Albuquerque, Olavo Bilac, Pedro Rabelo, Rodrigo Otávio, Silva Ramos, Teixeira de Melo, Visconde de Taunay. Também Coelho Neto, Filinto de Almeida, José do Patrocínio, Luís Murat e Valentim Magalhães, que haviam comparecido às sessões anteriores. Ainda Afonso Celso Júnior, Alberto de Oliveira, Alcindo Guanabara, Carlos de Laet, Garcia Redondo, conselheiro Pereira da Silva, Rui Barbosa, Sílvio Romero e Urbano Duarte, que aceitaram o convite e a honra.

Eram trinta membros. Havia mister completarem-se os quarenta, como na Academia Francesa. Foi o que fizeram os dezesseis presentes à sessão, elegendo os dez seguintes: Aluísio Azevedo, Barão de Loreto, Clóvis Beviláqua, Domício da Gama, Eduardo Prado, Luís Guimarães Júnior, Magalhães de Azeredo, Oliveira Lima, Raimundo Correia e Salvador de Mendonça. Os Estatutos são assinados por Machado de Assis, presidente; Joaquim Nabuco, secretário-geral; Rodrigo Otávio, 1º secretário; Silva Ramos, 2º secretário; e Inglês de Sousa, tesoureiro.

A 20 de julho de 1897, numa sala do Pedagogium, na Rua do Passeio, realizou-se a sessão inaugural, na qual estiveram presentes dezesseis acadêmicos. Fez uma alocução preliminar o presidente Machado de Assis. Rodrigo Otávio, 1º secretário, leu a memória histórica dos atos preparatórios, e o secretário-geral, Joaquim Nabuco, pronunciou o discurso inaugural.

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